As temperaturas no Piauí podem chegar a 45ºC e umidade do ar abaixo dos 15% nesta semana. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), essa onda de calor devem alterar as condições atmosféricas (temperatura e umidade) no estado a partir desta quarta-feira (20), com possibilidade de se estender até a sexta-feira (22).
"Nós estamos entrando no coração do B-R-O Bró, que é a fase de maior insolação, de luminosidade, as temperaturas majoram um pouco mais, a umidade desce. Isso é perfeitamente natural. Claro que a gente tem que considerar o El Niño, que mexe bastante com a condição climática global", explicou o climatologista Werton Costa.
Segundo Werton, climatologista e também Diretor de Prevenção da Defesa Civil Piauí, é importante serem tomados alguns cuidados com a saúde durante o período de calor, como evitar atividades físicas nos horários de pico de calor, se hidratar, usar protetor solar e evitar exposição direta ao sol.
"O horário de pico do calor no Piauí é às 15h; e às 16h é o horário crítico de baixa umidade. Importante lembrar que a umidade só se reestabelece no Piauí após às 19h e a temperatura só vai melhorar na madrugada, mas às vezes nem nesse horários por causa do B-R-O Bró", explicou.
Essa forte onda de calor pode provocar alguns sintomas que impactam a qualidade de vida como: problemas respiratórios e de pele, insolação, desidratação e aumento de problemas de pressão. Por isso, é recomendado estar sempre hidratado e evitar práticas de esportes expostos ao sol entre 11h e 18h.
Fatores que ampliam o calorão
El Niño atípico: o fenômeno que está mais intenso neste ano: ele aquece as águas do Oceano Pacífico e freia a atuação de frentes frias no Brasil; ele dá força para o bloqueio atmosférico;
Aquecimento global: especialistas afirmam que a queima de combustíveis fósseis torna eventos extremos (ciclones, enchentes e etc.) mais prováveis, e que ondas de calor recentes na Europa teriam sido praticamente impossíveis sem as mudanças climáticas;
B-R-O Bró: é uma expressão muito usada no Piauí. Ela faz referência a última sílaba dos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro; considerados os mais quentes do ano no estado, devido à combinação do final do período seco e ao aumento da radiação solar.
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