Tendo como público alvo auxiliares de classe e a família de alunos com deficiência e outros transtornos, a Prefeitura de Guadalupe, por meio da Secretaria de Educação do município, realizou nos dias 10 e 11 de Julho, formação e encontro com as famílias. O temas abordados foram: “Estratégia de ensino para alunos com deficiência” e “Família e Inclusão – Cuidando de quem cuida”.
Presença:
Além do público-alvo já citados acima, também estiveram participando a prefeita Neidinha Lima, secretária de educação Lorena Antunes, supervisora Sílvia Trajano, vereadores Jesse James, Hélvia Almeida, como também psicólogas, diretoras e coordenadores das escolas da rede municipal de ensino.
Formação:
O evento trouxe uma proposta de formação continuada que tem como objetivo desenvolver novas competências técnicas, emocionais e comportamentais, para a utilização de uma pluralidade metodológica que venha atender as particularidades existentes na sala de aula do aluno com Transtorno de leitura e escrita.
A formação e palestra foram ministradas pela psicóloga / neuropsicóloga Kennya Martins de Melo Sousa Cunha, da empresa DISLEXPI.
Dislexia.
Dislexia é um distúrbio causado por uma alteração cromossômica hereditária e que acomete de 0,5% a 17% da população mundial. Os sintomas tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização.
Dislexia é um transtorno genético e hereditário da linguagem, de origem neurobiológica, que se caracteriza pela dificuldade de decodificar o estímulo escrito ou o símbolo gráfico. A dislexia compromete a capacidade de aprender a ler e escrever com correção e fluência e de compreender um texto. Em diferentes graus, os portadores desse defeito congênito não conseguem estabelecer a memória fonêmica, isto é, associar os fonemas às letras.
Sintomas
Os sintomas de dislexia variam de acordo com os diferentes graus de gravidade do distúrbio e tornam-se mais evidentes durante a fase da alfabetização. Entre os mais comuns encontram-se as seguintes dificuldades:
Para ler, escrever e soletrar;
De entendimento do texto escrito;
Para de identificar fonemas, associá-los às letras e reconhecer rimas e aliterações;
Para decorar a tabuada, reconhecer símbolos e conceitos matemáticos (discalculia);
Ortográficas: troca de letras, inversão, omissão ou acréscimo de letras e sílabas (disgrafia);
De organização temporal e espacial e coordenação motora.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito por exclusão, em geral por equipe multidisciplinar (médico, psicólogo, psicopedagogo, fonoaudiólogo, neurologista). Antes de afirmar que uma pessoa é disléxica, é preciso descartar a ocorrência de deficiências visuais e auditivas, déficit de atenção, escolarização inadequada, problemas emocionais, psicológicos e socioeconômicos que possam interferir na aprendizagem.
É de extrema importância estabelecer o diagnóstico precoce de dislexia para evitar que sejam atribuídos aos portadores do transtorno rótulos depreciativos, com reflexos negativos sobre sua auto-estima e projeto de vida.
0 Comentários