Dengue mata três pessoas em Baixa Grande do Ribeiro, confirma Sesapi

O Piauí registrou três mortes por dengue em 2023, segundo boletim epidemiológico divulgado nesta terça-feira (25) pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesapi). As mortes foram registradas em Baixa Grande do Ribeiro, a 586 km de Teresina. 



Segundo a Sesapi, mesmo com a redução de 78% em relação ao número de notificações de dengue em todo o estado no ano passado, chama atenção a incidência de casos suspeitos em Baixa Grande do Ribeiro. O município já confirmou 30 casos notificados, com 14 pacientes com sintomas graves, além de três óbitos em decorrência da doença.

Uma equipe da secretaria foi enviada ao município para verificar a situação do município. “A Secretaria de Estado da Saúde tem recebido notificações de casos de dengue todo o estado, mas o que chamou a atenção foi o município de Baixa Grande do Ribeiro, onde houve crescimento significativo ao número de casos, em relação ao ano passado. Tivemos nesse ano, até o momento 30 casos notificados, com registro de três óbitos, então a preocupação da secretaria foi ver uma verificação in loco", disse Amélia Costa, coordenadora de Epidemiologia da Sesapi.

Dados

Segundo o boletim, neste ano já foram registrados 3.945casos confirmados em todo o estado, enquanto em 2022 foram 26.633, neste mesmo período, uma redução de 78,4%. O estado já conta com três mortes, enquanto no ano passado foram 15 mortes, nesse mesmo período.

No ano passado foram 207 municípios com notificação e 30.420 vasos prováveis, que inclui casos confirmados estão incluídos os casos inconclusivos, ignorados/brancos, dengue, dengue com sinais de alarme e dengue grave. Já neste ano, no mesmo período foram 148 cidades com notificação e 6.572 casos prováveis.

Os municípios com maior número de casos prováveis são: Teresina (4.093), Parnaíba (726), Luís Correia (220), Oeiras (80) e Valença do Piauí (64).

Sesapi monitora em Baixa Grande do Ribeiro

 

A Sesapi informou que está na região com profissionais de diversas áreas técnicas. Os trabalhos são coordenados pelo diretor do Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI), Fabrício Amaral. Durante as visitas in loco, a Sesapi realizou a coleta de materiais que serão usados pelo Lacen para que seja feita uma investigação sobre o perfil do vírus que está circulando naquela região.

“Retiramos as amostras de alguns pacientes que estão com sintomas para análise no laboratório em Teresina. Além disso, estamos fazendo uma análise situacional para entendermos a questão epidemiológica da situação de saúde pública do município, pois este é um dos trabalhos do Lacen junto aos municípios”, afirmou o diretor do laboratório.

Os profissionais da Sesapi estão orientando também sobre a conduta clínica e hospitalar, a disponibilização de suprimentos para coleta de material, oferta de exames específicos para confirmar ou descartar casos suspeitos, bem como a definição do protocolo de atendimento ao paciente que apresenta sintomas de dengue.  “Estamos em integração com as autoridades municipais na atenção primária, atenção à saúde, vigilância ambiental, vigilância epidemiológica e vigilância ambulatorial para o desenvolvimento de ações para o controle da situação epidemiológica", explicou Cristiane Moura Fé, diretora de vigilância em saúde da Sesapi.

O técnico de arboviroses da Coordenação de Vigilância Ambiental da Sesapi, Francisco Moraes, visitou locais de possíveis criadouros dos mosquitos para demonstrar aos agentes de endemias do município de Baixa Grande do Ribeiro como acabar com esses focos e prevenir o aparecimento de futuros locais. "A maioria dos focos está no entorno da cidade. Precisamos de uma integração dos agentes de saúde e dos agentes de endemias para o combate desses focos para que possamos fazer a notificação desses casos no sistema e termos um maior controle. O combate ao foco passa por esse trabalho integrado entre essas equipes", disse o técnico.

A Sesapi também reforçará as ações no Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde, em Uruçuí, e do Hospital Regional Tibério Nunes, em Floriano, para realização de exames, condutas médicas e atendimento de pacientes com suspeita da doença naquela região.

“A Atenção Primária é fundamental nesse processo, e saber qual o trabalho a ser executado por quem está na ponta, ajuda que a vigilância possa ser executada de forma integrada com os demais municípios do território", informou Rosane Santana, coordenadora de Atenção Básica da Sesapi.

 

Da Redação
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