Grávida que ficou mais de 240 dias presa pelo furto de facas no Piauí é solta

Uma piauiense grávida que furtou duas facas de uma casa, na cidade de União, no interior do Piauí, foi solta após mais de 240 dias presa. A soltura ocorreu nesta quarta-feira (28) em decorrência do requerimento da Defensoria Pública do Piauí que conseguiu a substituição da prisão preventiva em domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.



Para mantê-la sob custódia por meses, o Judiciário levou o fato da suspeita ser reincidente. O crime teria sido cometido para sustentar o vício em drogas. Além do furto das duas facas, anteriormente, ela era investigada por ter furtado uma cesta básica e também por ameaça. 

"A interna se encontra com inúmeros problemas psicológicos decorrentes de quadro de Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT), conforme laudo em anexo. Esta vem apresentando instabilidade emocional crítica, com sofrimento psicológico intenso refletido nas suas reações fisiológicas, cognitivas e emocionais que simbolizam ou se assemelham a um aspecto de evento traumático", justificou a defensora pública Irani Albuquerque Brito no pedido enviado à Justiça. 

No requerimento consta ainda que a piauiense é gestante e mãe de uma criança menor de 12 anos de idade. 

Além da Defensoria Pública do Piauí, a jovem- que tem 20 anos- é acompanhada pelos advogados Jéssica Lima e Vinicius Moraes, ambos do coletivo Advocacia Popular Piauiense, grupo de advogados que integra um coletivo que atua voluntariamente para garantir direitos de voluntários, e busca agora reinseri-la na sociedade. 

"Ontem, ela saiu da prisão e agora estamos viabilizando junto ao Sejus [escritório social] o translado dela para a Fazenda da Paz, através de uma vaga que conseguimos enquanto Advocacia Popular Piauiense", cita a advogada Jéssica Lima.



Graciane Araújo
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