Como forma de represália às mortes de dois homens
em confronto com os policiais do Batalhão Especial de Policiamento do Interior
(Bepi) da Polícia Militar (PM), José Nilton de Sousa e Samuel Magno,
o Panquecão, integrantes de facção criminosa incendiaram mais quatro
ônibus urbanos durante a noite de segunda-feira (17) nas
zonas Norte e Leste de Teresina.
Na ação,
os faccionados retiraram os passageiros dos veículos e atearam fogo nos ônibus
na capital. Eles alegaram que os atos de violência seriam uma forma de
protesto após morte de dois homens que são apontados como suspeitos de
participação na tentativa de assassinato contra o coronel da PM, Maurício de
Lacerda. A vítima foi baleada e
está internada no HUT.
Ao A10+, o 5º
BPM informou que os ônibus queimados são da empresa privada de serviço de
ônibus fretados JJ Turismo. Segundo a polícia, foram três ônibus e um
microônibus queimados. Equipes do Corpo de Bombeiros foram
acionadas e controlaram as chamas ainda na noite de segunda (17). Não houve
feridos nos atos. Após a ocorrência, os criminosos fugiram.
A informação é que a dupla teria reagido e efetuado
disparos contra os policiais, que revidaram. No
entanto, familiares rebateram a versão e relataram que os homens não teriam
envolvimento com crimes na capital. Mais cedo, um ônibus já
havia sido incendiado por homens armados na zona Norte. Por conta do ato, a Strans chegou a suspender todas as linhas de ônibus na região.
O A10+ apurou
que os quatro ônibus incendiados no conjunto Paulo de Tarso eram de turismo, do
empresário Jonathan Araújo, e faziam a linha do bairro Santa Maria da Codipi,
na zona Norte, para o Centro de Teresina. A Polícia deflagrou uma mega operação
nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (18) para prender os envolvidos
nos atos terroristas na capital.
Cerca de
200 policiais civis e militares estão envolvidos na ação. A equipe também está usando
um helicóptero para dar suporte na operação. Até o momento, cinco pessoas já foram
presas suspeitas de envolvimento nos atos criminosos em
Teresina.
Mãe rebate polícia e diz que filho não era
bandido
A mãe de
José Nilton de Sousa, um dos suspeitos de ter baleado o coronel
Maurício de Lacerda durante tentativa de assalto na madrugada desta terça (17),
falou durante entrevista à TV Antena 10 que seu
filho não tinha envolvimento em crimes.
Em entrevista, Raimunda Maria contou que estava
trabalhando, quando chegou em casa e foi avisada que seu filho foi baleado em uma rua da
Vila Mocambinho. Ela contou que foi até o local apontado e que lá
não conseguiu ver José de perto. Ela relatou que ele estava dentro de uma
viatura e que policias não deixaram ela entrar no veículo.
“Meu filho não é bandido, eu não sei o que que ele foi
fazer naquela rua hoje, cheguei foram me dizer que meu filho estava baleado e
quando cheguei lá já estava jogado dentro da viatura igual um jumento. Meu
filho não é bandido, ele estava dentro da viatura eu fui entrando dentro da
viatura o policial disse “você aqui não entra, que aqui está cheio de gente”,
mas eu não vi ninguém. Não deixaram eu ver meu filho, meu filho não é bandido”,
explicou.
Linhas são canceladas na região após ocorrência
A
Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou que, por
motivo de segurança, por conta dos ataques ocorridos, nesta noite de
segunda-feira (17), na região do bairro Mocambinho, todos os ônibus da frota
das linhas da região da zona Norte de Teresina, das empresas do consórcio Poty,
foram retirados de circulação. A previsão de retorno é na
manhã desta terça-feira (18).
A Strans informou que vai solicitar uma reunião
emergencial com os órgãos estaduais de segurança para tratar do assunto, no
sentido de se apurar os responsáveis e encontrar alternativas para reforçar a
segurança ao transporte coletivo da capital.
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