Bento XVI tinha 95 anos e se encontrava
em estado grave. O Papa Francisco, atual chefe da Igreja Católica,
fez, durante a semana, pedidos de orações aos fiéis para o seu antecessor.
Mateo Bruni, diretor da Sala de Imprensa
da Santa Sé, publicou nota confirmando a morte de Bento XVI neste sábado. “Com
pesar informo que o papa emérito Bento XVI faleceu hoje às 9h34, no Mosteiro
Mater Ecclesiae, no Vaticano. Assim que possível, serão enviadas novas
informações”, diz o comunicado. A causa da morte ainda não foi confirmada.
Nascido Joseph Aloisius Ratzinger, o papa
emérito renunciou ao cargo em 2013, algo que só havia acontecido há 600 anos.
Desde então, vivia em um antigo convento dentro dos jardins do Vaticano, com o
secretário dele, o arcebispo Georg Ganswein, auxiliares e uma equipe médica.
A vida
Ratzinger nasceu em 16 de abril de 1927,
em uma pequena vila chamada Marktl am Inn, na Baviera, Alemanha, às margens do
rio Inn. Seus pais eram Joseph, um comissário de polícia, e Maria Peintner.
Ele entrou no seminário em 1939 e se
tornou padre em 29 de junho de 1951. Na tarde de 19 de abril de 2005, Ratzinger
foi escolhido como papa para suceder o futuro santo João Paulo II, que exerceu
a função por 26 anos, 5 meses e 17 dias.
Depois de dois dias e quatro rodadas de
conclave, às 17h56 (horário local), a chaminé da Capela Sistina exalou a fumaça
branca: havia sido escolhido o 265º sucessor de Pedro. Então prefeito da
Congregação para a Doutrina da Fé, Ratzinger pediu para ser chamado de Bento
XVI.
A explicação: ele queria se inspirar na
coragem de Bento XV (1914-1922) durante a 1ª Guerra Mundial. E também em São
Bento de Núrsia, copadroeiro da Europa, chamado de Patriarca do monarquismo
ocidental.
A
renúncia
O papa Bento XVI anunciou sua renúncia em
11 de fevereiro de 2013, e deixou o cargo em 28 de fevereiro de 2013. Segundo o
próprio papa, foi uma “escolha difícil”, mas feita “em plena consciência”. Diversas
vezes ele falou que não se arrependia. E sempre deixou claro que renunciava por
causa da velhice.
“Alguns de meus amigos um tanto
‘fanáticos’ ainda está irritado, eles não quiseram aceitar minha escolha.
Acreditam nas teorias de conspiração: alguns disseram que foi por causa do
escândalo Vatileaks, outros por causa de um complô da lobby gay, outros ainda
por causa do caso do teólogo conservador Lefebvrian Richard Williamson. Eles
não querem acreditar em uma escolha feita conscientemente. Mas minha consciência
está limpa”, explicou Bento XV, em uma entrevista reveladora ao jornal Corriere
della Sera.
Era a primeira vez que um papa renunciava
em 600 anos.
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