A suspeita de super dosagem de medicamentos
oferecida a um jovem identificado como Alexandre Moraes de Lara em um hospital
de Porto Alegre está sendo investigada pela Polícia Civil. De acordo com
familiares, a medicação excessiva deixou Lara em estado vegetativo em outubro
de 2021. Desde então, o paciente precisa de cuidados, 24 horas por dia.
Em nota, a instituição de saúde afirmou que o atendimento ocorreu na
gestão anterior da unidade. “O hospital lamenta profundamente o ocorrido e vem
prestando toda a assistência médica necessária e disponível para a melhoria de
seu quadro clínico. Ao mesmo tempo, vem mantendo tratativas com os familiares
para também, proporcionar o máximo de assistência e acolhimento necessário”,
esclareceu.
Alexandre deu entrada no hospital para tratar
um problema cardíaco. No entanto, ao invés de receber dois comprimidos de um
medicamento, o paciente recebeu 20 (10 vezes mais). O remédio, indicado para
controlar batimentos do coração, provocou uma parada cardiorrespiratória. Um
laudo assinado por um médico contratado pela família afirma que o estado
vegetativo de Alexandre tem grande potencial de ser permanente.
Superdosagem
A esposa estava junto com Alexandre quando o caso aconteceu. Ela relata
ter questionado o técnico de enfermagem, que confirmou a dosagem, indicada por
uma médica. Pouco depois, o rapaz passou mal. Segundo a família, o médico
cardiologista deu a receita correta, e o primeiro erro aconteceu na farmácia do
hospital.
Um prontuário assinado pelo
diretor-executivo da instituição apontou o erro da equipe. Conforme o
documento, a medicação dispensada pela farmácia era divergente da dosagem
registrada no sistema da prescrição. O médico indicou 600 miligramas, mas o
hospital concedeu 6 mil miligramas. Após conhecimento das autoridades, a
Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina (Cremers) investigam o caso,
bem como a atuação dos profissionais envolvidos no atendimento de Alexandre.
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