Jumentos podem entrar em extinção no Brasil até meados de 2022
Os jumentos correm risco de extinção neste ano. Uma previsão do Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado da Bahia previu, em 2018, que os jumentos seriam extintos em até 4 anos. Ou seja, em 2022. Segundo dados do The Donkey Sanctuary, uma média de 1.200 jumentos estão sendo mortos a cada semana. Entre 2015 e 2019 foram mortos mais de 91.645 desses animais.
MOTIVAÇÃO:
Isso acontece devido à
comercialização internacional dos animais para a produção do ejiao, um
medicamento tradicional chinês produzido a partir do colágeno da pele de
jumentos
Nos abatedouros eles são mortos com
um tiro de ar comprimido entre os olhos. Depois, o couro é retirado, embalado
em caixas e levado para a China, onde é transformado em uma gelatina que é
usada para produzir o ejiao.
Uma caixa de ejiao sai por R$ 750. No Brasil, os valores do comércio são bem menores — os jumentos são negociados por R$ 20 no sertão, e depois repassados aos chineses.
LEGISLAÇÃO:
O decreto n° 9013/2017 permite o
abate de equídeos, como cavalos, jumentos e mulas. No ano de 2018, o abate de
jumentos havia sido proibido depois de uma série de movimentações de proteção
animal. No entanto, a prática foi legalizada novamente em 2019.
O Congresso Nacional fica iluminado
na cor laranja nesta segunda-feira (20) em apoio às ações de combate ao abate
de jumentos.
(Foto: Reprodução)
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