Governador diz que festas de ano novo e carnaval devem ter público limitado

O governador Wellington Dias (PT) anunciou nesta terça-feira (7) que sua equipe está estudando a possibilidade de fazer um regramento e limitar a quantidade de público nas festas de ano novo e carnaval. Segundo ele, a limitação valerá tanto para eventos públicos como privados.



“Quanto ao ano novo e carnaval, vamos trabalhar uma limitação para eventos em local fechado, semiaberto e aberto. Vale para eventos públicos e privados, dentro de uma regra. Já temos 18 estados que têm discutido com o Piauí a unificação de uma posição. Temos uma situação melhor, mas que ainda merece cuidado”, disse o governador.

Sobre o natal, Wellington Dias afirma que a proposta é de realização de apenas eventos familiares ou de pequeno porte. “Aqui acertamos, a partir de uma proposta elaborada pelo nosso comitê cientifico, trabalhar para buscar unificar com os demais estados um regramento para evitar a entrada da variante ômicron, ao mesmo tempo, trabalhar o natal com eventos menores, eventos familiares”, declarou.

O governador reconheceu falhas na fiscalização da Expoapi e disse que até o final do evento, o acompanhamento para cumprimento das regras será mais intenso no Parque de Exposições. 

“Detectamos falha na Expoapi e por isso adotamos medidas para garantir o cumprimento. Quando a gente não cumpre as regras, a gente coloca vidas em risco. Então, ali nós teremos um acompanhamento maior por tarde da secretaria estadual, municipal, parceiros do evento, com vigilância, segurança, para garantir isso. Vamos ampliar a testagem e com mais rigidez a vacinação para ter acesso e o controle da quantidade de pessoas. O limite é de 5 mil pessoas”, destacou.

600 mil pessoas com problemas na vacinação

Apesar de o índice de vacinação no Piauí ter superado os 90% com a 1ª dose da vacina contra a covid-19, Wellington Dias demonstra preocupação com as pessoas que ainda não se vacinaram ou interromperam o cronograma de imunização.

“O levantamento da nossa equipe aponta que, a gente considerando a população com mais de 12 anos, o Piauí alcançou o equivalente a 92,62% da população, portanto, já nos aproximando de 100% da população com a primeira dose. Quando a gente olha o quadro mundial, é algo muito importante destacar. O outro ponto é que, a segunda dose ou dose única, o que garante a imunização, nós temos 73% já também vacinados. É um patamar considerado elevado com mais de 12 anos. E na dose de reforço estamos aí no padrão nacional”, afirma, ressaltando que 600 mil pessoas não finalizaram a vacinação.

“O ponto de preocupação é que nós temos aproximadamente 600 mil pessoas, dessas 240 mil pessoas não tomaram nenhuma dose, outras 240 mil não tomaram a segunda dose e temos 150 mil pessoas que precisam tomar a dose de reforço, isso coloca para nós a necessidade de uma estratégia integrada aos municípios, onde queremos trabalhar a partir do mapa onde temos problema, como a grande Socopo aqui em Teresina. É uma região que tem uma quantidade grande de pessoas que ainda não tomaram nenhuma dose. Aqui vamos trabalhar de modo específico e em cada município”, acrescentou.

A estratégia, de acordo com Wellington Dias, é usar as UBS para encontrar os fujões da vacina. “Vamos trabalhar com as UBS, que possuem a relação das pessoas que elas acompanham em programas como o saúde da família, vamos trabalhar como Campo Largo do Piauí fez colocando carro de som, inclusive para Teresina. E o mais importante: o nível de adoecimento e hospitalização está baixo e o controle que estamos fazendo para evitar a propagação do coronavírus seja qual for a variante”, disse.

Passaporte de vacina no serviço público

O governador comentou ainda da necessidade de o servidor ter seu cartão de vacina contra a covid em dia. “O servidor público tem obrigações com a sociedade. Quando um servidor toma uma decisão de não se vacinar, não é decisão só por ele, é pelos os outros também. Nesse caso é o ambiente de trabalho. Existe o risco e por isso estamos caminhando para uma regra da exigência da vacinação”, destacou.

Base aliada

Com o fim da coligação proporcional, os partidos políticos estão correndo contra o tempo para se organizar e sobreviver nas eleições 2022. Ontem, o governador se encontrou com deputados governistas e discutiu a diminuição de siglas na base.

“É uma operação que nunca é fácil. Todas as pessoas se apegam a convivência partidária. Os partidos vão continuar existindo. Lá atrás podia fazer uma coligação e isso preservava a independência de todos os partidos, mas tinha o somatório dos votos com o melhor resultado. Agora, com o fim da coligação proporcional, nós teremos que ter um esforço. Haverá um número de chapas bem menor do que o de partidos. Temos daqui até março para trabalhar pelo diálogo”, finalizou.

Hérlon Moraes
herlonmoraes@cidadeverde.com

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