O
governo vai prorrogar o auxílio emergencial pago aos trabalhadores
informais, mas precisa decidir por quanto tempo e qual o valor a ser
pago. Atualmente, o auxílio está sendo pago em três parcelas de R$
600, a última referente a este mês de junho.
A
ideia sobre prorrogação que mais sensibiliza o presidente Jair
Bolsonaro é a de pagamento escalonado em valor decrescente, em três
parcelas: R$ 500 em julho; R$ 400 em agosto e R$ 300 em setembro.
A
proposta é estimulada pela área política do governo porque haveria
uma "preparação" do beneficiário para o fim do pagamento
do auxílio
emergencial.
E,
ainda, se estenderia por mais três meses, tempo necessário para o
governo fechar a preparação do programa Renda Brasil, que tem a
pretensão de ser um forte programa social, reunindo vários outros
programas sociais, e deve ser lançado no segundo semestre.
A
equipe econômica evita comentar o assunto, repetindo apenas o que já
falou o ministro Paulo Guedes: que o possível até agora é
o pagamento
de duas parcelas de R$ 300 e
que quem decide é o presidente Jair Bolsonaro.
O
presidente já disse que não é possível repetir o pagamento de R$
600,00 em três parcelas mas, de olho nas pesquisas, quer estender o
programa por mais tempo.
Com
a pandemia
do coronavírus e
mais as recentes crises, inclusive a do caso
Queiroz,
a ala política do governo constatou que a aprovação do presidente
cresceu entre os mais pobres – justamente os beneficiários dos
programas sociais, como o auxílio emergencial – e perdeu apoio na
classe média.
Isso
faz crescer o interesse do governo em reforçar os programas sociais
– a partir do Bolsa Família e outros programas que têm menor
impacto social, mas custam muito ao Tesouro.
A
ideia é reuní-los no que está sendo chamado de Renda Brasil. A
unificação desses programas é tarefa mais difícil e demanda tempo
até ser fechado o cadastro dos beneficiários.
Uma
preocupação do governo é obter o apoio à proposta que for
definida no Palácio do Planalto, de modo a não haver modificações
no Congresso – o que aconteceu na atual fase do programa de auxilio
emergencial: o governo propôs a parcela de R$ 200 e, no momento em
que o Congresso sugeriu ampliar para R$ 500, Bolsonaro
decidiu aumentar para R$ 600.
Desta
vez, Bolsonaro quer que sua proposta não seja alterada no Congresso.
Para isso, conta com o apoio de deputados do chamado Centrão, agora
entre seus apoiadores.
Causou
irritação no governo manifestação do deputado Rodrigo Maia, que
disse defender o pagamento
de auxílio emergencial em duas parcelas de R$ 600.
O presidente Jair Bolsonaro já disse que, nessa hipótese, pretende
vetar.
Fonte: G1
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